quinta-feira, 30 de outubro de 2008

SURreal – a origem

O ano era 2005, tarde chuvosa e não muito fria. Primeiro semestre como aluno no Mestrado em História da Universidade de Passo Fundo. A professora Dra. Ana Luiza Reckziegel comentava sobre as diferentes abordagens teóricas sobre a idéia de região. Abriu-se o debate e, depois de um determinado tempo entre “globalizações”, “regionalizações”, identidades e afins, eu estava diante daquilo que, embora não respondendo minhas perguntas, causava certo estranhamento.


Olho pela janela após ter escutado a palavra sul ser proferida por algum colega; o céu, antes nublado, apresentava uma coloração meio avermelhada. Pensei, então, no que era ou não real, em toda aquela coisa. Aquelas imagens, representações que eu e os colegas tínhamos em mente sobre conceitos como espaço, tempo, cultura, política. Terminou a aula, mas a idéia sobre o sul, real ou não, persistia.

Em casa, frente ao computador, descarregando algumas fotos, sobre coisas variadas, surgiu como num lampejo a conexão entre algumas fotografias e o real ou não do sul discutido em aula. Aí, foi quase que instantâneo. Era só “ligar os pontos”.

A arte, a fusão de imagens, estava feita. Tinha eu conseguido juntar imagens como: uma flor e seus pedaços, uma pilha de lenha, reproduzir a coloração do céu avermelhado ao findar da tarde. Todavia, faltava alguma coisa.



A música, algo constante em minhas preferências e convívios, me trouxe a resposta capaz de preencher a lacuna para a arte que então estava criando. Lembrei do sul, mas musicalmente em minha cabeça ele soava como sur. Foi fácil. Ponho tocar Richard Galliano, sua versão apenas instrumental, me remetia ao original, e mentalmente eu cantava: “Vuelvo al Sur, como se vuelve siempre al amor, vuelvo a vos, con mi deseo, con mi temor. Llevo el Sur, como un destino del corazon, soy del Sur, como los aires del bandoneon. Sueño el Sur, inmensa luna, cielo al reves, busco el Sur, el tiempo abierto, y su despues”. Acho que assim estava configurada a expressão do que pra mim, naquela época, representava e estava o sul. Era um sul criado na música do argentino Astor Piazzolla, cantada pelo também argentino Roberto Goyeneche.

A conexão, os pontos eram ligados mais uma vez, se estabelecendo numa forma plural, regional e global ao mesmo tempo. A provocação e estranhamento proveniente de um debate num espaço acadêmico do interior do Rio Grande do Sul, a música interpretada por acordeonista franco-italiano – originalmente criada e executada por argentinos –, acabou me gerando a idéia que desembocou no SUR REAL.

Agora, contente fico ao ver que a idéia se faz presente na proposta sonoro-estética de uma banda SURreal. Eis a união, pode-se dizer, do global, do regional e do brasileiro. Jazz, mpb e influências diversas. As artes se comunicam.


Cleber Nelson Dalbosco – inquieto-publicitário-designer; criador da peça gráfica que inspirou o nome do grupo.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estréia: 16/11


Show marcado:

Dia 16/11/2008

No Teatro Municipal Múcio de Castro

= A primeira vez que a SURreal Music Band subirá ao palco para apresentar o seu show original!

Aguardem mais detalhes...

Gustavo Benetti (contrabaixo)


Gustavo Benetti (26 anos) é aluno do curso de música da UPF. Acompanha as bandas Bilu.bidu e Rocks’. Cantor erudito (barítono). Trabalha com produção de áudio.

Andrezinho Gomes (bateria)


Andrezinho Gomes (30 anos) é músico free-lancer e professor de bateria. Acompanha artistas de diversos estilos.


Página na web:

Sabrina Antunes (percussão)


Sabrina Antunes (20 anos) é aluna do curso de música da UPF, onde integra o Grupo de Percussão, com o professor Sandro Cartier. Acompanha artistas em festivais nativistas, como Jean Kirshoff.

Página na web:

Diego Granza (acordeon)


Diego Granza (21 anos) é aluno do curso de música da UPF. Acompanha grupos regionalistas e integra o grupo de jazz e choro da UPF. Professor de música do Colégio Fagundes dos Reis. Vencedor de prêmios em concursos regionais de acordeon.

João Vicente Ribas (vocal)


João Vicente Ribas (27 anos) é cantor, compositor e jornalista. Dirigiu o espetáculo Passo Contemporâneo – Do Fundo do Quintal do País, em 2004 e 2005, ao lado do artista Eliézer Machado Aires. Foi classificado em segundo lugar no Festival de Música de Porto Alegre, em 1999 na eliminatória Cristal, com composição própria.


Página na web:

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Carlinhos Tabajara (piano)


Carlinhos Tabajara (31 anos) é músico instrumentista, ator e compositor. Integrou o grupo Viramundos e foi indicado como melhor diretor musical no festival de teatro Rio Cena Contemporânea em 2007. Em Passo Fundo, entre 2000 e 2004, organizou e tocou em cinco edições do evento Mostra Grátis de Música.


Página na web:

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Somos

Em pé: Diego Granza (acordeon), Gustavo Benetti (baixo) e Andrezinho Gomes (bateria).

Sentados: João Vicente Ribas (vocal e violão), Sabrina Antunes (percussão) e Carlinhos Tabajara (piano).

Welcome folks!

Começamos hoje a comunicar as atividades do novo grupo de música: SURreal Music Band. Sejam bem-vindos a este espaço cultural virtual.

Somos da cidade brasileira de Passo Fundo (RS). Tocamos MPB e jazz, identificados com um certo regionalismo urbano do estado do Rio Grande do Sul.

Conheçam-nos e nos prestigiem, seja na internet ou nos palcos da vida.

Welcome folks!